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Suspeito de ter efetuado disparos em baile funk se apresenta à Polícia Civil

  • G1.COM/TVFRONTEIRA
  • 13 de fev. de 2017
  • 4 min de leitura

Conforme a Polícia Civil, disparos foram feitos ainda dentro do salão de festas (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

Um adolescente, de 16 anos, se apresentou à Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (13), alegando ser o autor dos disparos que resultaram na morte de um rapaz, de 26 anos, e deixaram uma jovem, de 18 anos, ferida em um baile funk realizado na madrugada deste domingo (12), no Jardim Vale Verde 2, em Presidente Prudente. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Moreira Sanches, o menor compareceu à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na presença de um advogado.

“No fim da tarde de ontem [12], quando já estávamos encerrando as diligências, recebemos a ligação de um advogado dizendo que tinha o interesse de apresentar o cliente dele, que seria o autor dos disparos. No entanto, a apresentação do adolescente só foi possível na manhã desta segunda-feira [13], por volta das 10h30. Aqui na delegacia, ele confessou que é o responsável pelos disparos”, disse o delegado, que ainda revelou ao G1 mais detalhes sobre o depoimento do menor.

“Ele argumentou que, no fim do ano passado, começou a namorar uma adolescente e que a vítima [o rapaz de 26 anos] teria mexido com ela na rua agora, em janeiro. Alguns dias depois, ele conta que encontrou o rapaz na rua e foi tirar satisfação, quando foi hostilizado pela vítima, que teria dito que ‘ele não era de nada’”, contou.

“O segundo encontro entre os dois teria acontecido neste baile, quando, conforme o menor, o rapaz o provocou e, em dado momento do baile, veio em sua direção com uma arma em punho. Momento em que ele teria efetuado três disparos contra o maior ainda dentro do salão de festas e, na sequência, fugido a pé”, completou o delegado ao G1.

De acordo com Sanches, mesmo com o depoimento do menor, ainda há alguns detalhes que implicam na continuidade das investigações, como o fato de o suspeito não ter apresentado a arma do crime, por exemplo.

“Ele contou que, na fuga, se desfez da arma em um córrego que fica localizado nas proximidades de um fundo de vale nas imediações da Avenida Washington Luiz. Nós o levamos até o local, que ele não soube afirmar com exatidão, e não encontramos nenhum vestígio da arma utilizada no crime. Então, vamos prosseguir com as investigações e esperar o resultado do exame pericial, coletar o relato de algumas testemunhas, chocar estas informações com o depoimento do menor e ver se realmente estes elementos comprovam, ou não, a versão dele”, destacou ao G1.

Enquanto isso, Sanches explicou que foi requerido um pedido de internação provisória do menor junto a Vara da Infância e da Juventude para que o adolescente permaneça apreendido enquanto prosseguirem as investigações.

O delegado ainda ressaltou ao G1 que agora é preciso aguardar a deliberação da Justiça e que, caso acate o pedido de internação, o menor permanecerá recolhido provisoriamente por, no máximo, 45 dias. Depois disso, se provado que realmente que ele foi o autor dos disparos, o jovem terá de cumprir judicialmente uma medida socioeducativa.

Investigação Segundo Sanches, uma das vítimas atingidas pelos disparos, a jovem de 18 anos, que permanece internada no Hospital Regional (HR), já foi ouvida pelos policias, porém, seu depoimento não ajudou muito.

“Ela disse que estava próxima à saída do salão quando ouviu o barulho dos disparos, pessoas correndo e, em decorrência disso, também correu, quando foi atingida nas costas e caiu, não conseguindo se levantar. Ela não soube dizer quem teria feito os disparos e nem o motivo. Ela também não diz com exatidão nem quantos disparos escutou. Mas também, na situação dela, a gente sabe que é difícil”, contou ao G1.

Ainda conforme o delegado, a polícia também trabalha com a possibilidade de que outra pessoa possa ter efetuado os disparos.

“Durante os depoimentos colhidos, houve a menção de um outro indivíduo, que não esse, teria efetuado os disparos no salão. Por conta disso, também nós vamos prosseguir com as investigações até localizarmos este outro indivíduo. Até lá, não há prazo para encerrarmos este caso” disse.

O caso O salão de festas recebeu aproximadamente 200 pessoas em um baile funk, que acabou com dois baleados, na madrugada deste domingo (12), bem como outros dois lesionados. A Polícia Militar foi acionada para comparecer ao local, onde foi informada da realização do baile funk e de que “repentinamente” foram efetuados disparos de arma de fogo.

Com isso, iniciou-se um “tumulto” no local. Os participantes da festa começaram a fugir, sendo que algumas foram "pisoteadas", conforme informações do Boletim de Ocorrência.

De acordo com o registro, quando os policiais chegaram ao local, “inúmeros frequentadores do baile investiram contra os militares”, que precisaram fazer uso de elastômetro, conhecido como bala de borracha, atirado contra o chão, e gás de pimenta. Assim, os populares se afastaram e a corporação, bem como o Corpo de Bombeiros, pôde realizar o atendimento e o isolamento da área.

Policiais civis também foram ao local, bem como a perícia.

Nesta segunda-feira (13), a Prefeitura informou que fiscais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente (Sedepp) lacraram o imóvel onde ocorreu a confusão.

Segundo a Prefeitura, o estabelecimento em questão possui alvará de funcionamento como salão de festas, "o que não autoriza a realização de eventos como bailes funk".

"Para qualquer tipo de evento, é necessário entrar com um processo administrativo na Prefeitura. Neste processo, são solicitados vários documentos ao requerente, como alvará de funcionamento do local, emitido pelo Corpo de Bombeiros, laudo de acessibilidade, entre outros. Após a apresentação de toda a documentação, o processo de realização do evento é encaminhado para a Sedepp, que faz outra análise, antes de autorizá-lo. Neste caso específico, não houve a solicitação para a realização de um baile funk no local do salão de festas. Fiscais da Sedepp estiveram ontem [12] no local e lacraram o salão de festas", explicou o Poder Executivo.

Salão de festas O G1 não conseguiu contato com os responsáveis pelo salão de festas e pelo baile funk.


 
 
 

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