Mesmo com greve, Fundação Casa mantém atividades no Oeste Paulista

Greve na unidade de Presidente Bernardes continua (Foto: Cedida)

A Fundação Casa informou nesta terça-feira (10) que o atendimento aos adolescentes nos três centros socioeducativos existentes na região de Presidente Prudente – dois em Irapuru e um emPresidente Bernardes – se mantém dentro da rotina desde o início da greve dos servidores da instituição, sem prejuízo às atividades pedagógicas (escolar, educação profissional, arte e cultura e esporte), ao atendimento de saúde e psicossocial e à alimentação e higiene, assim como a visitação dos familiares que aconteceu no fim de semana.

A paralisação por tempo indeterminado teve início no sábado (7).

Além de garantir todas estas atividades, os jovens dos centros socioeducativos de Irapurutambém fizeram o curso Khan Academy e foram todos vacinados contra a gripe H1N1. O Khan Academy oferece exercícios, vídeos de instrução e um painel de aprendizado personalizado que aborda a matemática, usando tecnologias adaptativas de ponta que identificam os pontos fortes e as lacunas no aprendizado. Utilizando esta plataforma, os tutores e alunos encontram meios para driblar as dificuldades apresentadas no aprendizado de matemática, além de perfis detalhados dos estudantes.

A Fundação Casa ainda ressaltou que as atividades dos adolescentes estão acontecendo normalmente nos 147 centros socioeducativos mantidos em todo o Estado de São Paulo.

Para garantir que as atividades aconteçam nos centros da Fundação Casa, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região concedeu liminar assegurando a presença de 70% dos servidores do quadro funcional em atividade, durante o período de greve.

Em caso de descumprimento da decisão, o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa) pagará uma multa diária de R$ 100 mil.

Oficiais de Justiça farão constatações diárias nos centros socioeducativos a respeito do cumprimento da medida judicial.

A Fundação Casa ainda informou que, entre 2005 e 2015, os sucessivos aumentos salariais concedidos pela instituição somaram 84,56%, enquanto a inflação no mesmo período oscilou em torno de 76,22%, dependendo do índice.

No total, conforme o Sitraemfa, a pauta de reivindicações dos trabalhadores conta com 67 cláusulas. No aspecto salarial, a categoria busca um reajuste de 42%, que engloba 5% de ganho real, reposição de perdas dos últimos dez anos e a inflação de 11,36% do período de 12 meses encerrado em fevereiro deste ano, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Funcionários da unidade de Presidente Bernardes fazem manifestação em frente à Fundação Casa (Foto: Cedida)